Ao realizar o trabalho de resenha, passado por nossa professora Gracy, me vi lendo um post no blog "formação geral" presente na página inicial do site da universidade.
Tal post era uma reflexão acerca da criação da comissão da verdade, criada a fim de esclarecer e investigar o conturbado período de anticonstitucionalidade no Brasil, a ditadura. O post ainda induzia o pensamento próprio, sobre qual seria a real intenção da tal comissão e se seria ou não algo positivo. Isto porque, após a "anistia" dada pelo governo que assumiu logo após a ditadura, foi-se firmado por quem mandava no período que tudo seria "esquecido".
O curioso se deu ao assistir o vídeo com a musica do cantor popular Geraldo Vandré, musica está que se transformou no hino de resistência à liberdade no Brasil naquela época.
A musica se chama: "Pra não dizer que não falei das flores (vamos embora)".Segue o vídeo para quem ainda não a conhece:
Mas ao ser redirecionado para o Youtube para assistir esse vídeo, fui compelido a assistir a única entrevista dada por Geraldo Vandré uma vez de volta ao Brasil, desde que saiu em exílio.
Fiquei muito sensibilizado.
Segue a Entrevista:
Tais como:
-"O Brasil de hoje não é o mesmo Brasil por qual lutávamos."
-"Ele sofreu um processo de massificação."
-"Não há mais motivos para cantar..."
-"Continuo exilado, pois minha pátria não existe mais..."
Avaliando tudo dito, percebi que esse processo de massificação dito por Vandré, é muito real e terrível, pois foi calado não mais a voz, ou a liberdade de expressão como durante o período de ditadura, mas o pensamento. Somos o fruto de um processo degenerativo social, que faz com que sejamos um país desunido, desumano e subdesenvolvido.
Um país com uma desigualdade social apocalíptica.
Sempre me questionei como uma sociedade como a nossa conseguia conviver sem cidadania, agora acredito que compreendo isso um pouco mais. Fazemos parte do resultado, o resultado da derrota.
Derrota essa que produziu, não um Brasil de oportunidades e sonhos, mais um país de pobreza, corrupção e doença, doença não só física, mas doença mental.
Somos doentes pois não pensamos, não nos importamos, não reinvidicamos.
Estamos entregues a uma prole de cães raivosos que brigam pelo osso do poder e que comandam o Brasil desde 1964 como genocidas.
Não vejo esperança, mas sigo acreditando nas flores.
Thiago Ramalho.
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